sábado, 2 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd - the demon barber of the Fleet street



Sweeney Todd..., Tim Burton, 2007 - 3,5/5


Sweeney Todd é um filme do Tim Burton sob todos os pontos de vista. Logo na abertura, um longo traveling vigiado pelos créditos do filme sobre algo que parece ser uma fábrica, praticamente uma refilmagem do oppening que Edward e Fábrica de chocolate, exceto que aqui não há pedaços de metal nem chocolate, e sim sangue, mas isso não faz lá tanta diferença.
O gótico é elemento constante na estética de Sweeney Todd. O cabelo tosco dos personagens principais, a brancura da pele, os olhos assustadores, as lembranças felizes e estranhamente coloridas, tudo parece levar a crer que não teríamos muita surpresa com esse novo Burton, o que não seria nada ruim. Mas o poster não engana (nem o subtítulo, assunto pra daqui a pouco). O tão esperado primeiro assassinato surge repentinamente na tela ao som do violino maravilhoso que acompanha toda a trama, e na tela, sangue, muito sangue, um verdadeiro personagem na trama. Com o desenrolar da história, nos são apresentados os demais esteriótip, personagens: além de Todd e Mrs. Lovett - nome bem sugestivo -, o Juiz que é mau, o garoto que é um pouco mau também, o marinheiro que é chato e a filha de Todd que é insurpotávelmente chata e aqui, já dá pra perceber como errou feio o roteiro ao deixar essa subtrama completamente dispensável e incoerente com aquilo que o resto da história parecia propor - que todo mundo não presta, como uma das músicas (a melhor, by the way) diz. Felizmente, o tempo que o casal ocupa na tela (ah é, o marinheiro e a filha de Todd são um casal) é pequeno e dá espaço para que a parte sangren, boa da história se desenvolva (e quem diria, em um dia).
Mas o que é Sweeney Todd afinal? Eu enxergo daquela maneira mesmo, um retrato altamente pessimista da sociedade que estrapolam nos seus interesses e devoram-se a si mesmo. Não é por acaso que o personagem mais inescrupuloso do filme seja um juiz, que teoricamente deveria defendar a justiça nessa sociedade, mas essa pedece, já que o seu próprio defensor não faz questão de seguir princípio algum. E já que o papo é o juiz (Snape, oi), foi ele quem mandou injustamente Todd para a prisão, destruindo a vida do pai de família, que a partir desse momento, só encontra desgraça em sua vida, tanto que, porra, ele nem chega a ver direito sua própria filha. E já que eu sou desses que tá nessa de nocountryforoldmen, também percebi que todos os personagens mais velhos assim, morreram, né. Acho que de repente todo diretor entra nessas de ficar em crise de idade, não sei (teve o Leone, o Allen que entrou e demorou pra sair, se é que saiu, etc). E por fim, o filme é excelente como musical, as músicas são legais demais, vai. E o ambiente totalmente fantasioso da Londres sec. XIX é perfeito pro clima que se espera do filme.

Trailer do filme:

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